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Aconteceu no GFRJ


GFRJ entrevista membros da equipe que participaram das Jornadas de Foguetes da MOBFOG
Equipe participou de todas as turmas das Jornadas de Foguetes e três dos nossos membros contam como foi essa experiência.
Rio de Janeiro, 26 de Novembro de 2018. | Matéria escrita por: Rafael Augusto.

Entrevistados: Hiago Ricardo, Felipe Klopper e Thiago Espirito Santo.

A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) realiza todos os anos em escolas públicas e privadas de todo o Brasil a MOBFOG – Mostra Brasileira de Foguetes, que consiste em uma olimpíada extremamente experimental em que os alunos constroem foguetes de garrafa pet e os lança obliquamente.

As melhores equipes de ensino médio são convidadas para participar das Jornadas de Foguetes. O evento acontece anualmente em Barra do Piraí e esse ano teve 5 turmas distribuídas entre os meses de Outubro, Novembro e Dezembro. As Jornadas de Foguetes é, atualmente, o maior evento aeroespacial do Brasil.

O GFRJ contribuiu com alguns monitores do evento e também com o lançamento em todas as turmas do nosso foguete Glamurosa, de apogeu de 300m.

Dada essa importância do evento, a equipe traz uma entrevista com 3 membros do nosso grupo que participaram ativamente para contar um pouco sobre essa experiência.

Entrevistamos Hiago Ricardo, Thiago Espírito Santo e Felipe Klopper. Hiago Ricardo é aluno de Engenharia Mecânica, membro do GFRJ desde Fevereiro de 2017 e também o líder da Missão Peggy Whitson, responsável por levar nosso foguete Glamurosa para as Jornadas. Thiago Espírito Santo é aluno da Física e membro do grupo há 2 anos. Ele trabalha na OBA e foi monitor de todas as turmas. Felipe Klopper é estudante de Letras Português – Inglês e membro do grupo há apenas 2 meses, foi monitor no evento e auxiliou nas etapas de lançamento do Glamurosa.

Hiago Ricardo:

GFRJ: Quais foram os maiores desafios da Missão Peggy Whitson para a equipe?
Hiago: O conceito missão Peggy era desenvolver o foguete experimental mais barato possível, utilizando materiais acessíveis de baixo custo. E esse foi justamente o maior desafio, dessa vez tivemos que trabalhar com materiais que nunca usamos antes e não tínhamos total certeza de suas propriedades até conseguirmos testar. Isso tudo associado com a atenção especial ao custo mínimo que o projeto tinha que ter, foram os maiores desafios que encontramos para a missão.

GFRJ: Qual é a importância do GFRJ participar de um evento como esse?
Hiago: A MOBFOG/Jornadas de Foguetes é um evento gigante que reúne desde alunos de ensino fundamental até grandes nomes consolidados na área aeroespacial, o grupo estar envolvido nisso, podendo inspirar milhares de jovens talentos na área é uma oportunidade incrível. Com o nosso conceito para essa missão, tínhamos a intenção de mostrar para todos no evento que é possível colocar em prática um projeto aeroespacial de baixo custo, abrindo margem para a criação de novas equipes ou a continuidade das que já existem.

GFRJ: O que a Missão Peggy trouxe de aprendizado para a equipe?
Hiago: Justamente por termos que lidar com materiais de baixo custo, como o PVC, que além de ter dimensões pré-definidas de fábrica, não tínhamos total noção de como se comportaria em determinadas situações por ser um material bem mais frágil se comparado aos que usamos antes, em razão disso tivemos que ampliar nossos estudos e quantidade de testes. No total foram mais de 40 testes distribuídos entre todos os subsistemas. Toda essa carga teórica e maior cultura de testes atrelada a grande divulgação que tivemos, através dos lançamentos e palestras são os principais legados para a equipe.

Equipe preparando o Glamurosa para o lançamento.

Thiago Espírito Santo:

GFRJ: Como foi a experiência de ser monitor nas Jornadas de Foguetes da MobFog?
Thiago: Ser monitor na jornada de foguetes é uma experiência de muita gratidão, é muito bom saber que posso contribuir para um evento que incentiva tantas pessoas do Brasil inteiro, que consegue transformar 4 dias de evento em algo que realmente muda a vida de muitos alunos e professores. Muitos são exemplos de trabalho, esforço e de histórias de superação. Estar ali acompanhando de perto tudo isso e sabendo que fiz a diferença pra essas pessoas é muito especial pra mim.

GFRJ: Como foi a percepção do público do evento ao trabalho da equipe?
Thiago: Acredito que muitos viram o GFRJ como um referência na área. Quem não conhecia ficou muito encantado com os foguetes que estavam lá, com a apresentação, com o vídeo do ATOM e com o lançamento do Glamurosa. Quem já conhecia pode conhecer ainda mais de perto alguns detalhes de Curitiba e da Spaceport e de como a equipe funciona. Muitas pessoas vieram nos procurar, tirar dúvidas, todas interessadas em iniciar uma equipe como o GFRJ. Acredito que, além de um referencial, eles puderam ver a nossa equipe com uma intimidade maior e como algo mais próximo da realidade deles. Fizemos muitos amigos e espero sinceramente encontrá-los novamente no Festival Brasileiro de Minifogutes [em Curitiba] e ajudá-los no que for preciso.

GFRJ: O que tem de diferente nas Jornadas em comparação com o Festival Brasileiro de Minifoguetes em Curitiba e a Spaceport America Cup nos EUA?
Thiago: Acho que a maior diferença é que a jornada de foguetes não tem cara de competição. Muitas pessoas, é claro, vão com essa garra de vencer, mas acho que a cara do evento é absurdamente diferente. O clima de integração, de amizade é muito grande. É claro que na jornada é muito mais fácil, pois todos passam os 4 dias no mesmo local o tempo inteiro, fazendo refeições juntos, em quartos misturados, mas acho que a organização do evento tem grande responsabilidade nesse clima, que é muito bom. Brincamos bastante, cobramos comprometimento, até fazemos encerramento cantando musica e piadas. As pessoas saem depois desses 4 dias querendo ficar ainda mais, trocando contato pra vida inteira e acredito que todos saem com a sensação de campeão, desde a equipe que faz 333 metros até a equipe que fez 5 metros.

Felipe apresentando o GFRJ para uma das turmas.

Felipe Klopper:

GFRJ: Como foi a sua percepção das Jornadas de Foguetes não sendo de estudante de um curso de exatas?
Felipe: O engajamento dos adolescentes fazendo algo que gostam é admirável. Eles estão sempre buscando melhorar os seus foguetes e suas bases [de lançamento], vendo onde erraram e possam aprimorar para próximas competições, trocando informações com outros participantes, procurando conhecimento com os professores e palestrantes sobre como entrar nesse ramo de foguetemodelismo ou na área aeroespacial.

GFRJ: Como você classifica a sua participação pela primeira vez dentro do GFRJ de um evento de foguetemodelismo desse porte?
Felipe: Uma experiência bem interessante, pois não sabia muito bem o que esperar. Chegando lá fui surpreendido com o carisma de todos, tanto dos participantes quanto da organização. E, como membro do GFRJ, ser inspiração para esses jovens, mostrar que é possível seguir os sonhos por mais altos que sejam, basta ir atrás, buscar conhecimento, que um dia ele chegará. Certamente iria novamente em um próximo evento, aprendi bastante com todos lá.
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GFRJ entrevista membros da equipe que participaram das Jornadas de Foguetes da MOBFOG

Equipe participou de todas as turmas das Jornadas de Foguetes e três dos nossos membros contam como foi essa experiência.
Rio de Janeiro, 26 de Novembro de 2018. | Matéria escrita por: Rafael Augusto.
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) realiza todos os anos em escolas públicas e privadas de todo o Brasil a MOBFOG – Mostra Brasileira de Foguetes, que consiste em uma olimpíada extremamente experimental em que os alunos constroem foguetes de garrafa pet e os lança obliquamente.

As melhores equipes de ensino médio são convidadas para participar das Jornadas de Foguetes. O evento acontece anualmente em Barra do Piraí e esse ano teve 5 turmas distribuídas entre os meses de Outubro, Novembro e Dezembro. As Jornadas de Foguetes é, atualmente, o maior evento aeroespacial do Brasil.

O GFRJ contribuiu com alguns monitores do evento e também com o lançamento em todas as turmas do nosso foguete Glamurosa, de apogeu de 300m.

Dada essa importância do evento, a equipe traz uma entrevista com 3 membros do nosso grupo que participaram ativamente para contar um pouco sobre essa experiência.

Entrevistamos Hiago Ricardo, Thiago Espírito Santo e Felipe Klopper. Hiago Ricardo é aluno de Engenharia Mecânica, membro do GFRJ desde Fevereiro de 2017 e também o líder da Missão Peggy Whitson, responsável por levar nosso foguete Glamurosa para as Jornadas. Thiago Espírito Santo é aluno da Física e membro do grupo há 2 anos. Ele trabalha na OBA e foi monitor de todas as turmas. Felipe Klopper é estudante de Letras Português – Inglês e membro do grupo há apenas 2 meses, foi monitor no evento e auxiliou nas etapas de lançamento do Glamurosa.

Hiago Ricardo:

GFRJ: Quais foram os maiores desafios da Missão Peggy Whitson para a equipe?
Hiago: O conceito missão Peggy era desenvolver o foguete experimental mais barato possível, utilizando materiais acessíveis de baixo custo. E esse foi justamente o maior desafio, dessa vez tivemos que trabalhar com materiais que nunca usamos antes e não tínhamos total certeza de suas propriedades até conseguirmos testar. Isso tudo associado com a atenção especial ao custo mínimo que o projeto tinha que ter, foram os maiores desafios que encontramos para a missão.

GFRJ: Qual é a importância do GFRJ participar de um evento como esse?
Hiago: A MOBFOG/Jornadas de Foguetes é um evento gigante que reúne desde alunos de ensino fundamental até grandes nomes consolidados na área aeroespacial, o grupo estar envolvido nisso, podendo inspirar milhares de jovens talentos na área é uma oportunidade incrível. Com o nosso conceito para essa missão, tínhamos a intenção de mostrar para todos no evento que é possível colocar em prática um projeto aeroespacial de baixo custo, abrindo margem para a criação de novas equipes ou a continuidade das que já existem.

GFRJ: O que a Missão Peggy trouxe de aprendizado para a equipe?
Hiago: Justamente por termos que lidar com materiais de baixo custo, como o PVC, que além de ter dimensões pré-definidas de fábrica, não tínhamos total noção de como se comportaria em determinadas situações por ser um material bem mais frágil se comparado aos que usamos antes, em razão disso tivemos que ampliar nossos estudos e quantidade de testes. No total foram mais de 40 testes distribuídos entre todos os subsistemas. Toda essa carga teórica e maior cultura de testes atrelada a grande divulgação que tivemos, através dos lançamentos e palestras são os principais legados para a equipe.

Thiago Espírito Santo:

GFRJ: Como foi a experiência de ser monitor nas Jornadas de Foguetes da MobFog?
Thiago: Ser monitor na jornada de foguetes é uma experiência de muita gratidão, é muito bom saber que posso contribuir para um evento que incentiva tantas pessoas do Brasil inteiro, que consegue transformar 4 dias de evento em algo que realmente muda a vida de muitos alunos e professores. Muitos são exemplos de trabalho, esforço e de histórias de superação. Estar ali acompanhando de perto tudo isso e sabendo que fiz a diferença pra essas pessoas é muito especial pra mim.

GFRJ: Como foi a percepção do público do evento ao trabalho da equipe?
Thiago: Acredito que muitos viram o GFRJ como um referência na área. Quem não conhecia ficou muito encantado com os foguetes que estavam lá, com a apresentação, com o vídeo do ATOM e com o lançamento do Glamurosa. Quem já conhecia pode conhecer ainda mais de perto alguns detalhes de Curitiba e da Spaceport e de como a equipe funciona. Muitas pessoas vieram nos procurar, tirar dúvidas, todas interessadas em iniciar uma equipe como o GFRJ. Acredito que, além de um referencial, eles puderam ver a nossa equipe com uma intimidade maior e como algo mais próximo da realidade deles. Fizemos muitos amigos e espero sinceramente encontrá-los novamente no Festival Brasileiro de Minifogutes [em Curitiba] e ajudá-los no que for preciso.

GFRJ: O que tem de diferente nas Jornadas em comparação com o Festival Brasileiro de Minifoguetes em Curitiba e a Spaceport America Cup nos EUA?
Thiago: Acho que a maior diferença é que a jornada de foguetes não tem cara de competição. Muitas pessoas, é claro, vão com essa garra de vencer, mas acho que a cara do evento é absurdamente diferente. O clima de integração, de amizade é muito grande. É claro que na jornada é muito mais fácil, pois todos passam os 4 dias no mesmo local o tempo inteiro, fazendo refeições juntos, em quartos misturados, mas acho que a organização do evento tem grande responsabilidade nesse clima, que é muito bom. Brincamos bastante, cobramos comprometimento, até fazemos encerramento cantando musica e piadas. As pessoas saem depois desses 4 dias querendo ficar ainda mais, trocando contato pra vida inteira e acredito que todos saem com a sensação de campeão, desde a equipe que faz 333 metros até a equipe que fez 5 metros.

Felipe Klopper:

GFRJ: Como foi a sua percepção das Jornadas de Foguetes não sendo de estudante de um curso de exatas?
Felipe: O engajamento dos adolescentes fazendo algo que gostam é admirável. Eles estão sempre buscando melhorar os seus foguetes e suas bases [de lançamento], vendo onde erraram e possam aprimorar para próximas competições, trocando informações com outros participantes, procurando conhecimento com os professores e palestrantes sobre como entrar nesse ramo de foguetemodelismo ou na área aeroespacial.

GFRJ: Como você classifica a sua participação pela primeira vez dentro do GFRJ de um evento de foguetemodelismo desse porte?
Felipe: Uma experiência bem interessante, pois não sabia muito bem o que esperar. Chegando lá fui surpreendido com o carisma de todos, tanto dos participantes quanto da organização. E, como membro do GFRJ, ser inspiração para esses jovens, mostrar que é possível seguir os sonhos por mais altos que sejam, basta ir atrás, buscar conhecimento, que um dia ele chegará. Certamente iria novamente em um próximo evento, aprendi bastante com todos lá.
Entrevistados: Hiago Ricardo, Felipe Klopper e Thiago.
Equipe preparando o Glamurosa para o lançamento.
Felipe apresentando o GFRJ para uma das turmas.

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